O que qualquer coisa precisa para ser? Sou, logo existo. Existir não é certeza de ser, mas ser é fruto de existir. Só se é quando se existe. Não se ensina a existir, assim como não se ensina a ser. Vai sendo intuitivamente, porém não se vai existindo. Existir é único, de primeira, existe-se e pronto. Nunca mais terás outra chance de existir novamente. E Deus disse: Existam. Então tudo o que existe, é. E do instante posterior ao existir, as coisas estão sendo. Ser é invenção. Inventa-se mundos, fatos, estórias, piadas, músicas. Depois junta-se tudo e formamos um ser, que é por existir e não o contrário. Nem todos os que existem, são. Há aqueles que por ter surdez, não ouviram o grito de Deus, mas existiram por bonança. E como não tiveram a noção de que existiam, não foram, e não são até hoje, só existem. Porém, existir não lhes é suficiente, muitos optam por não mais existir, outros vão sendo intuitivamente sobreviventes (mas não necessariamente são, somente sobrevivem). Aliás, há quem exista e não quer ser por opção, e luta contra, e se contrai, e retrai, e se isola. Tolos. Mal sabem que mesmo fazendo isso, continuam sendo. E vão ser até o fim. Ser, apesar de intuitivo, é inevitável.
26/02/2008
Ser
O que qualquer coisa precisa para ser? Sou, logo existo. Existir não é certeza de ser, mas ser é fruto de existir. Só se é quando se existe. Não se ensina a existir, assim como não se ensina a ser. Vai sendo intuitivamente, porém não se vai existindo. Existir é único, de primeira, existe-se e pronto. Nunca mais terás outra chance de existir novamente. E Deus disse: Existam. Então tudo o que existe, é. E do instante posterior ao existir, as coisas estão sendo. Ser é invenção. Inventa-se mundos, fatos, estórias, piadas, músicas. Depois junta-se tudo e formamos um ser, que é por existir e não o contrário. Nem todos os que existem, são. Há aqueles que por ter surdez, não ouviram o grito de Deus, mas existiram por bonança. E como não tiveram a noção de que existiam, não foram, e não são até hoje, só existem. Porém, existir não lhes é suficiente, muitos optam por não mais existir, outros vão sendo intuitivamente sobreviventes (mas não necessariamente são, somente sobrevivem). Aliás, há quem exista e não quer ser por opção, e luta contra, e se contrai, e retrai, e se isola. Tolos. Mal sabem que mesmo fazendo isso, continuam sendo. E vão ser até o fim. Ser, apesar de intuitivo, é inevitável.
24/02/2008
Sobre o caio
Hoje andei lendo Caio (não gosto, por motivos de falta de sorte, de Caios). Porém deste eu gosto: Caio Fernando Abreu. E ele me deu um tapa tão dolorido no meu rosto direito, talvez por ser fã da Clarice, o que não e espanta esse tapa, já que ela mesma me deu tanto e continua até hoje. Mas andei lendo sobre Adèle Hugo, que amara tanto um homem que o transformou em um símbolo sem face e nem corpo, fruto da paixão e da loucura dela. Resumindo, ela amava alguém que não existia, somente dentro dela. Foi um calafrio, um aperto, um nó. Mas pensei comigo e cheguei a testar a veracidade da tua existência. Será que existe mesmo? Ou será que eu amo o seu falso eu, encarnado e idolatrado somente por mim? Mas sei que existe, ou estaria extremamente louco já que amo esse teu eu que diz nos meus ouvidos o quanto gosta do meu cheiro, e que se sente protegido quando está perto de mim. É esse que eu amo, e é esse que sempre habita em ti, portanto, sei que existe! Meu cego amor não me engana, não hoje.
Leiam o texto na íntegra:
http://camelolendo.blogspot.com/2007/09/extremos-da-paixo-caio-fernando-abreu.html
em seguida, passem a gostar do Caio Fernando Abreu.
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23/02/2008
Poesia
que seja dentro de mim.
Se perca por dentro do que é teu.
E se quiseres ficar pequeno - bem pequeno
deite nos meu braços,
farei carinhos e se sentirás menino, de novo.
Só nunca queira morrer,
por mais forte que pareça ser.
Eu jamais suportaria.
ps: não sei dar título as minhas coisas :\. mas isso é pra você, pr.
20/02/2008
Textinho número 3
19/02/2008
Textinho número 2
Por mais que ainda exista o surdo silêncio que não grita, só geme, dentro, em algum lugar por dentro da minha casca deformada, sei que existe uma outra luz que não me deixa ouvir nada, nem a mim mesmo. É mais forte do que eu, e mais forte do que jamais pensei que fosse. Não é bipolaridade, ou algo do gênero, mas quando estou triste, extremamente depressivo, sou preenchido, pelas narinas, por essa luz. Um combustível tão forte e ao mesmo tempo simples de se encontrar já que tenho uma fonte repleta dele, basta que pense em ti por um instante e logo tenho livre acesso a minha abundância de vida. Só que por vezes, acho que tudo isso surreal demais, parece com os relógios derretendo daquele famoso quadro. Ou ainda, o Abaporu da Tarsila do Amaral: é real, mas não é o real. Sei que podes não ser nada do que acho que és, ou ainda não és, porque sei da minha ‘vanguardisse’. Mas queria mesmo te dizer algo: Não me dê esperanças, no entanto, me dê motivos para continuar te amando.
12/02/2008
respire.
de uma finura comprida – cutuca,
fura,
espeta.
Até que ele: o escarlate corre.
escorre na ponta aguda.
Novamente, não há cores.
só o vermelho, que ainda transborda.
Foi por pouco.
Quase, quase a morte,
Não fui sorteado, e vivo.
Por que vivo?
(respiro).